quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Feliz ano de 2016

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Qual Orixá vai comandar o ano de 2016?






2016 será um ano regido pelo planeta Sol. Planeta Sol? Sim, o Sol, mesmo que seja uma estrela é considerado pelos esotéricos um planeta regente. Logo, sua regência será o Orixá da Criação, Oxalá em todas as suas formas: Oxalufã, Oxaguiã, Obatalá e Orixalá estarão à frente deste ano (com influência de Iemanjá que a partir do mês de julho, que assim também influenciará 2016). 
O ano de 2016 será regido pelo Orixá da paz, Aquele que carrega o mundo nas mãos ao lado de seu cajado. E quando temos um ano regido por Oxalá temos um ano aparentemente mais lento, pois Oxalá é lento porém constante; será um ano mais equilibrado, sem muitos altos e baixos.
Oxalá representa equilíbrio do planeta, o começo, o início. Teremos em 2016 uma nova oportunidade de começarmos tudo de novo. 2016 poderá ser o ano da Paz e da União, um ano para repensarmos nossas atitudes e despertarmos o amor ao próximo, pois este é o único caminho que nos conecta a Oxalá.
Aqueles que colheram tempestades em 2015 terão em 2016 a oportunidade de uma nova plantação. Já quem teve 2015 um ano de realizações, 2016 consolidará mais ainda todas as conquistas.  Espiritualmente estaremos muito bem guardados, pois o Orixá do branco é um grande protetor e guardião de toda humanidade!
No clima, teremos um ano quente, pois o Sol estará mais presente e próximo da Terra! A influência de Iemanjá, a Mãe do Mundo, irá trazer um pouco de nostalgia perto do fim do ano, porém trará um pequeno ciclo de águas. Como todo ano de Oxalá, terminaremos com muitas chuvas.
O ano de 2016 passará mais devagar, porém será um ano com mais constância e estabilidade assim como os passos de Oxalá que são lentos mas nunca param. Que Pai Oxalá traga sua bandeira branca da paz e fixe nos quatro cantos do mundo; a partir do dia 1 de Janeiro de 2016. Salve Pai OXALÁ! Salve 2016
Fontes consultadas: Umbanda – Um Reino da Paz; Pai Léo das Pedreiras; Umbanda de Jesus.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Natal e a Umbanda




NATAL E A UMBANDA

Chegamos ao mês de Dezembro,  uma época onde as pessoas ficam mais felizes e hamoniosas, é uma época em que a Umbanda homenageia Iansã, Iemanjá e Oxum.
No dia 25 é comemorado o nascimento de Jesus e também o orixá maior Oxalá, em seguida temos o dia 31 onde festejamos a passagem de ano desejando muita saúde paz e prosperidade.
Para o umbandista comemorar o Natal com a família é muito comum, pois a Umbanda é considerada uma religião cristã,  algumas com fundamentos católicas outras com fundamentos no espiritismo de kardek, mas ambas ensinam a doutrina cristã.
Na maioria dos templos de Umbanda a imagem de Jesus é colocada no lugar mais alto do altar simbolizando a Fé e sincretizando o Orixá maior Oxalá.
A Umbanda tem heranças de outros segmentos religiosos, como,  o candomblé, o catolicismo e o Espiritismo, por esse motivo é uma religião que é aberta a qualquer pessoa sem descriminação ou opção religiosa.
A Umbanda desde o início, até mesmo antes de ser fundada em 1908, já sincretizava os Orixás com os Santos católicos, por esse motivo tem uma grande influência do catolicismo em sua doutrina.
Mas UMBANDA é UMBANDA.
No Natal o umbandista além de comemorar o nascimento do Mestre Jesus o filho enviado por Deus para nos ensinar a cumprir as leis divinas através da lei do Amor, também fazemos um homenagem a Oxalá que representa a Fé, simplicidade, humildade e a Paz.
Muitos afirmam que a Umbanda é uma religião com fundamentos africanos " Candomblé " mas estão enganados, a Umbanda é puramente brasileira, mas com influências e heranças do candomblé, catolicismo e espiritismo.
Quando Zélio fundou a primeira tenda de Umbanda deu o nome de Nossa senhora da Piedade e logo depois abriu mais sete tendas sendo seis delas com nomes de Santos católicos e somente uma com o nome de Oxalá. Sua família era devota do catolicismo. Dessa forma podemos dizer que a Umbanda é uma religião cristã.
Para finalizar o tema, podemos afirmar que no dia 25 de Dezembro todos os cristãos e umbandistas irão estar em comunhão junto com seus familiares transmitindo harmonia, amor e fraternidade.
Vamos festejar, comer e trocar presentes, mas acima de tudo lembrar o motivo que estamos festejando vamos lembrar do mestre Jesus e do Pai Oxalá vamos fazer desse dia um dia de Amor Universal e quem sabe este sentimento Natalino torne-se todos os dias de nossas vidas.
FELIZ NATAL !!!!

HISTÓRIA DA UMBANDA




História da Umbanda
Pesquisa: Lucilia Guimarães e Eder Longas Garcia
Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens. Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro. Aos dezessete anos, quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha, aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade.
A princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, Diretor do Hospício de Vargem. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então, também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.
Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: "Amanhã estarei curado". No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio.
Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade. O Pai de Zélio de Moraes, Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita , já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita . No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e  convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição, sentaram-se à mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde realizava-se o trabalho.
Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local, ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho, a entidade incorporada no rapaz perguntou:
" Por que repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens? Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"
Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:
" Por que o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?"
Ele responde:
Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."
 
O vidente ainda pergunta:
" Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?"
Novamente ele responde;
Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei."
 
Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.
No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 · Neves · São Gonçalo · RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita , parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente às 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:
Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".
 
Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda. O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:
Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem as horas de aflição; todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai".
 
Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. Caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas. Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras: "- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá". Após insistência dos presentes fala:
Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo".
 
Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:
Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá".
 
Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de"Guia de Pai Antonio".
No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dado como loucos foram curados. A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda. Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.
Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, recebendo ordens do astral, fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:
  • Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia
  • Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição
  • Tenda Espírita Santa Bárbara
  • Tenda Espírita São Pedro
  • Tenda Espírita Oxalá
  • Tenda Espírita São Jorge
  • Tenda Espírita São Jerônimo
As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu.Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas. Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitar a ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele. O ritual sempre foi simples.
Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje. As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam. A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda fazem a ligação com a vibração dos seus guias.
Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia, as quais até hoje os dirigem.
Mais tarde, junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo, fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, Cachoeira do Macacú·RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu. Faleceu aos 84 anos, no dia 03 de outubro de 1975.
Dia 16 de setembro de 2010, faleceu Dona Zilméia de Moraes, a única dos quatro filhos de Zélio de Moraes, fundador da Umbanda, que ainda estava encarnada. Fica mais órfã a Umbanda a partir de agora. Deixamos aqui nossa homenagem a essa querida e doce mãe de santo. Saravá!